Indicada
para:
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A Terapia Comportamental constitui uma abordagem
ativa, focada no presente, orientada para o alívio dos sintomas e para a
obtenção de resultados num prazo curto. A utilização da Terapia
Comportamental (com elementos da Psicoterapia Cognitiva)
está estudada para situações como: Depressão (distimia, depressão major e
comportamento suicida), Ansiedade (ansiedade generalizada, perturbação de
pânico, fobias, agorafobia, ansiedade social, ansiedade de desempenho),
Perturbação Obsessiva-Compulsiva, Problemas Conjugais, Problemas Sexuais,
Luto, Problemas de Sono, Consumos Excessivos, Perturbações Alimentares, etc.
Constitui uma ferramenta muito útil na modificação de comportamentos
indesejados e na aquisição de novas competências – de relaxamento, sociais,
parentais…
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Origens:
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A
designação Terapia Comportamental é utilizada para designar um grupo de
abordagens orientadas para a modificação do comportamento. Surgiu na década
de 50, a partir de diferentes localizações, nomeadamente dos EUA, através do
trabalho de B.F. Skinner sobre o
condicionamento operante, e da África do Sul, através do trabalho de J. Wolpe sobre a
dessensibilização sistemática.
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Conceitos:
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O conceito comportamento
refere-se, aqui, à resposta da pessoa face a um estímulo do seu ambiente.
Inclui quer as respostas que são observáveis (aquilo que a pessoa faz), quer
aquelas que não o são (aquilo que a pessoa pensa e sente). Outro conceito
importante é o de aprendizagem. Segundo as terapias comportamentais, os
comportamentos constituem respostas aprendidas. Nos casos em que os
comportamentos são indesejadas pela pessoa, estes podem ser substituídos,
aprendendo outros que sejam mais adequados. Por exemplo, uma pessoa que,
face a uma situação geralmente inofensiva, tenha aprendido a vê-la como
perigosa, a sentir medo, e a evitá-la / fugir dela, pode substituir esta
resposta aprendendo a resposta oposta, de relaxamento.
A aprendizagem de comportamentos pode assumir várias formas, nomeadamente: Condicionamento Clássico. Aplica-se à modificação dos comportamentos involuntários. É um tipo de aprendizagem em que se associa um estímulo incondicionado, que desencadeia naturalmente uma determinada resposta, com um estímulo neutro, que não desencadearia essa resposta. Esta associação faz com que, após algumas repetições, o estimulo inicialmente neutro passe, por si só, a desencadear a resposta. Por exemplo, numa consulta de dentista, uma intervenção dolorosa (estimulo incondicionado) gera uma resposta de contração (resposta incondicionada) Esta intervenção dolorosa é acompanhada pelo som caraterístico dos instrumentos (estimulo neutro). Ao fim de algumas consultas, o som dos instrumentos (estimulo condicionado) passa por si só a desencadear a resposta de contração (resposta condicionada) Condicionamento Operante. Aplica-se à modificação dos comportamentos voluntários. É um tipo de aprendizagem em que as consequências de um comportamento influenciam a probabilidade de este voltar a ocorrer. Assim, um comportamento pode ter como consequência a ocorrência de algo agradável (reforço positivo) – por exemplo, o aluno que tem um bom desempenho e é elogiado – ou a remoção de algo desagradável (reforço negativo) – por exemplo, o doente que toma os comprimidos e deixa de ter dores. O reforço aumenta a frequência do comportamento. Ou o comportamento pode ter como consequência a ocorrência de algo desagradável (punição positiva) – por exemplo, a criança que faz uma birra e é repreendida – ou a remoção de algo agradável (punição negativa) – por exemplo, o adolescente que reprova e é proibido de jogar no computador. A punição diminui a frequência do comportamento. Modelagem. Aplica-se á aquisição de novos comportamentos ou à modificação de comportamentos já existentes. É um tipo de aprendizagem através da observação do comportamento dos outros e das suas consequências para eles. Se o observador vê o comportamento do outro ser reforçado, tende a reproduzi-lo – por exemplo, o aluno que vê o colega participar na aula e obter reconhecimento por isso, aumenta a sua participação. Se o observador vê o comportamento do outro ser punido, tende a inibi-lo - por exemplo, uma criança que vê o irmão colocar o dedo na tomada e começar a chorar não coloca o seu dedo na tomada. |
Técnicas:
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A
intervenção é de curto prazo e focada no presente. Frequentemente envolve
tarefas a realizar entre sessões. Parte de objetivos definidos com base
naquilo que a pessoa deseja mudar, que geralmente é um ou mais comportamentos
específicos e indesejados. Centra-se na modificação do(s) comportamento(s).
Algumas técnicas são:
Análise Funcional do Comportamento: Identificar a função do comportamento-alvo articulando o estímulo que desencadeou o comportamento, o comportamento em si, e a consequência desse comportamento, que faz com que este se mantenha. Por exemplo, as birras de uma criança (comportamento) ocorrem no supermercado (estímulo) e terminam quando a mãe compra o objeto pretendido (consequência) Dessensibilização Sistemática: A pessoa é exposta a uma situação temida, seja na imaginação ou na realidade. A exposição é feita de forma gradual. Por exemplo, uma pessoa com agorafobia (medo de locais dos quais é difícil sair) pode imaginar-se ou ir efetivamente a locais progressivamente mais ameaçadores (a sua rua, uma rua no outro lado da cidade, um centro comercial, uma sala de cinema…). Essa exposição, que habitualmente desencadeia uma resposta de ansiedade, é acompanhada por procedimentos de relaxamento, e a pessoa aprende a substituir a primeira resposta pela segunda. Contrato de Contingências: Contrato verbal ou escrito entre a pessoa e o terapeuta que define o comportamento-alvo e as consequências positivas ou negativas para comportamentos desejados e indesejados. Por exemplo, de cada vez que a criança fizer uma birra, deve ser levada para um local sem distrações, onde ficará durante um período de tempo determinado (5-15 minutos), ou até se acalmar. Treino de competências: Abordagem que visa a aquisição e treino de competências de que a pessoa necessite. Por exemplo, treino de competências sociais, treino de assertividade, aquisição de técnicas de relaxamento, educação parental, aquisição de métodos de estudo…
Texto elaborado por Ana Catarina Dias -
Psicoterapeuta
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Quando a Máscara Cai

quarta-feira, 24 de abril de 2013
Terapia Comportamental
Um Pouco de Psicanálise
Sigmund Freud, conhecido por muitos como o grande explorador da alma e
o pai da psicanálise. Suas obras tiveram grande repercussão no mundo e
influenciou desde a literatura ao cinema americano. E assim como
Copérnico que denunciou que a Terra não era o centro do universo, Darwin
que descobriu a evolução da espécie a partir do reino animal, Freud
descobriu o inconsciente e demonstrou que a consciência não é o centro
da razão humana.
Mas o que significou a descoberta do inconsciente?
Sem dúvida, o inconsciente, representa mais uma ferida narcísica para
a humanidade, pois significa saber que temos acesso apenas a uma
pequena parte de nossa vida psíquica, por exemplo, o iceberg, onde, uma
ponta insignificante fica a amostra e outra parte muito superior se
esconde imerso no mar, assim é na vida psíquica, uma grande parte se
encontra imerso no mar desconhecido chamado inconsciente, porém é essa
parte imersa e desconhecida, que rege boa parte de nossas vidas.
Freud baseou a psicanálise em procedimentos de investigação, que
busca acessar os processos psíquicos que se encontram inacessíveis na
parte inconsciente da mente. A associação livre é a técnica fundamental
para o exercício da psicanálise. Sua prática consiste na comunicação,
pois os pacientes que se submetem a analise devem comunicar todos os
seus pensamentos espontâneos, portanto, a de se renunciar toda atitude
crítica que haja consigo mesmo e ser sincero ao pronunciar seus
pensamentos, mesmo que o sinta desagradável, ou quando julgá-lo absurdo,
ou insignificante e até mesmo quando lhe parecer sem relevância.
Através dessa fala espontânea, o analista capturará de inconsciente para
inconsciente o que se encontra em oculto, e juntos adentrarão na
psicanálise.
O paciente em analise caminhará para poder vislumbrar o seu coração
através do olhar do analista, com isso, encontrar-se com seus impulsos
de vida e de morte, que habitam lado a lado dentro de si.
Introdução à Psicanálise
A psicanálise foi criada por Sigmund Freud (1856-1939), ele nasceu em
Freiberg, mas sua família se mudou para Viena quando ele tinha três
anos de idade. Freud só deixou a capital austríaca em 1938, após a
ocupação nazista; já idoso e doente, instala-se em Londres. A trajetória
e historia da psicanálise está indissociavelmente ligada à vida de
Freud. A teoria criada por ele em Viena no início do século XX se
difundiu por inúmeras áreas do saber, e seus termos circulam até mesmo
em conversas coloquiais. Freud inaugurou uma nova área do conhecimento,
uma nova forma de ver e pensar o mundo: as neuroses, a infância, a
sexualidade, os relacionamento humanos, a subjetividade, a sociedade
etc.
A psicanálise, na verdade não é uma escola da psicologia,
é uma área do conhecimento independente, que surgiu como uma forma
alternativa de dar conta do sofrimento psíquico e de entender o
funcionamento mental como um todo. Suas noções e hipóteses teóricas são
forjadas e articuladas de maneira a constituir modelos para a
compreensão de fenômenos psíquicos que povoam a clínica e a vida
cotidiana. A psicanálise tem seu próprio princípio organizador, sua
própria episteme. Entender sua criação e desenvolvimento envolve
questões epistemológicas, relações com outras áreas do conhecimento e
sua contextualização através da história.
Freud teve sensibilidade e receptividade para escutar o discurso do
histérico e aprender o que este tinha a lhe ensinar. Foi escutando o
histérico que Freud criou a psicanálise, sua teoria, sua prática, seu
método terapêutico e sua ética. Ele teve o despojamento de reconhecer a
ignorância e a impotência diante de um sem número de situações, diante
do sofrimento e lançou-se a busca de novos instrumentos, novos
conceitos, novas técnicas.
O ambiente cultural da Áustria, o contexto iluminista pós-Revolução
Industrial e a Revolução Francesa, aliada aos conhecimentos
psiquiátricos, neurofisiológicos, literários, sociológicos,
antropológicos e artísticos, contribuíram, segundo Colich (2005) para
que Freud identificasse fenômenos mentais que iam além dos perceptíveis
pela consciência.
Segundo Colich (2005), Freud procurou construir uma ciência
explanatória que pudesse provar seus achados, encontrando seus fatores e
agentes causais, organizados em forma de leis e princípios gerais.
Olhava o cérebro e a mente como fenomenologicamente idênticos e estava
preocupado com o modelo neurofisiológico, a hidrostase, a termodinâmica e
o conceito darwiniano de evolução da mente. Isso influenciou de forma
decisiva o modelo de inconsciente construído por Freud, estabelecendo a
centralidade dos conceitos de pulsão (formulação teórica para tentar
expressar a transformação de estímulos em elementos psíquicos) e
recalque. Decorre daí formulações sobre “investimento”, “representação”,
“resistência”, “defesas”, fases do desenvolvimento da libido”, “a
teoria inicial sobre ansiedade”, a “transferência” como revivência de
uma memória passada, e a “realidade psíquica”.
Até a Primeira Guerra Mundial vigorava uma situação de relativa
centralidade em torno da figura de Freud. Mas aos poucos ocorre a
formação de tradições psicanalíticas locais. Budapest, Londres, Zurique,
além de Viena e Berlim, tornam-se referencia para analistas, que agora
ultrapassam o laço pessoal e direto com a figura do fundador. Dunker
(2005) diz que trata-se agora de pequenos grupos à procura de
autolegitimação e reconhecimento no quadro de um movimento psicanalítico
cada vez mais extenso e impessoal.
O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é
baseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com a
realidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidade de
abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituações
conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido um em
um contexto histórico cultural e em relação as próprias características
do modelo psicanalítico da mente.
CONHEÇA OS OITO DISTÚRBIOS QUE PODEM ACOMETER AS PESSOAS
Tipos de Distúrbios Mentais
Antissocial
A pessoa com esse transtorno geralmente é conhecida
como psicopata ou sociopata, mas segundo especialistas estão não são termos
corretos para se referir ao problema. Isto porque o termo “psicopata” é
normalmente associado com “serial killer”, o que não corresponde à realidade na
maioria dos casos.
O problema consiste em ter propensão à
agressividade, e falta de limites morais – o sujeito não enxerga problema em
agir de forma incorreta para obter vantagens.
O grande problema com quem possui este tipo de distúrbio é que a pessoa dificilmente muda suas atitudes, mesmo que seja punida.
O grande problema com quem possui este tipo de distúrbio é que a pessoa dificilmente muda suas atitudes, mesmo que seja punida.
Ansioso
Este distúrbio não se trata de uma ansiedade comum,
que acomete todas as pessoas em determinado momento. O problema é grave é faz
com que a pessoa esteja permanentemente apreensiva e insegura, sentindo-se
inferior e com medo de todas as situações que precisa enfrentar.
Pessoas com este problema costumam ter problemas
para se relacionar, e por isso tentam ser aceitas a qualquer custo.
Histriônico
Esta palavra difícil define o histérico, que sempre
quer estar no centro das situações e ser notado em tudo que faz. Pessoas assim
costumam abusar da manipulação, são extremamente exigentes e instáveis. São
também egoístas e fazem de tudo para alcançar seu objetivo – normalmente ser
notado.
Borderline
Transtorno
Este tipo de pessoa é imprevisível e pode ter ataques
repentinos de fúria. É comum que esse transtorno seja acompanhado por
transtornos de imagem e a pessoa também pode possuir comportamento
autodestrutivo.
Obsessivo-compulsivo
É aquele perfeccionista ao máximo, como o
personagem Sr. Monk, do seriado investigativo.
A pessoa com este distúrbio sente dificuldade em
realizar alguma tarefa fora do previsto em ordem ou forma diferente da que está
acostumado. Embora sejam confundidas, a doença não é a mesma coisa que TOC –
Transtorno obsessivo compulsivo, que é bem mais grave.
Esquizoide
Psiquiatra
Pessoas com este distúrbio ficam mais isoladas,
possuindo poucos laços afetivos. Prefere atividades solitárias.
Dependente
Este tipo sofre só com a ideia de ser abandonado.
Por isso, acha que é uma pessoa incompetente, sem atrativos e fraca. Como tem
essa visão de si mesmo possui dificuldades em enfrentar desafios e alterações
de rotina, e acaba ficando submisso às pessoas para que elas não o abandonem.
Paranoide
O paranoide é a pessoa que enxerga em tudo um
desafio pessoal – insultos, brincadeiras ou qualquer fato isolado assume uma
proporção gigantesca para ele.
Além de ver problema em tudo interpreta situações
de forma incorreta, vendo ataques pessoais em atitudes inocentes – é do tipo
que sempre acha que está sendo traído pelo companheiro.
A paranoide não é a mesma coisa que paranoia, pois
a primeira é um distúrbio de personalidade e a segunda, uma séria doença.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
O psicopata das organizações Importa impedir que O Psicopata Organizacional destrua pessoas e afunde serviços e instituições
Todos os dias contactamos e convivemos
com eles, mas a imagem que temos do indivíduo psicopata está
marcadamente desfocada da realidade e assente em "clichés". Nem todos os
psicopatas são criminosos violentos, qual Hannibal Lecter! Podem ser
encontrados em todo o lado, nos locais de trabalho, nas relações
sociais.
A impulsividade, a falta de
sensibilidade e de arrependimento do assassino impiedoso estão
igualmente presentes mas dissimuladas por ambição e sucesso
profissional. Têm um forte "drive" para o poder. Loquazes, bajuladores e
manipuladores, facilmente convencem acerca dos seus objectivos e das
suas capacidades de chefia.
Desprovidos de ressonância emocional,
apenas vibram com a vertigem do seu sucesso, seja na concretização de um
projecto megalómano, seja na humilhação de um subordinado. Graças às
características da sua personalidade prosperam nas organizações,
empresas e serviços onde impera a procura de resultados rápidos por
profissionais que tomem decisões sem vacilar.
Recentemente, este fenómeno tem vindo a
ser seguido atentamente nos Estados Unidos, onde algumas grandes
empresas, após um crescimento e ascensão notáveis, se defrontam agora
com sérios problemas de credibilidade financeira e empresarial,
motivados por investimentos megalómanos e gestões irracionais e pouco
escrupulosas. O motivo do seu descalabro tem sido apontado à contratação
ou progressão meteórica de profissionais carismáticos e ambiciosos,
sequiosos de protagonismo e poder, grandiloquentes e aduladores, que
conquistam a confiança e admiração das administrações pelas suas
propostas empolgantes e resultados mobilizadores.
Na opinião de alguns especialistas de
psicologia do trabalho, podem até ser positivos para empresa em termos
imediatos, mas com certeza perigosos a prazo. Surgindo como estrelas e
salvadores, rapidamente abusam da empresa e dos colegas, intimidando os
seus superiores, e deixando a organização "em pantanas". "Contam uma
bela história, mas são incapazes do trabalho quotidiano."
Outra faceta não menos relevante deste
tipo personalidade é o narcisismo que os atinge, fazendo-se rodear de
pessoas pouco capacitadas a quem incitam certos comportamentos e que
simultaneamente constituem uma nuvem de alianças e de falsa camaradagem
que alimentam a falta de auto-estima que caracteriza a "entourage". A
estrutura de tipo narcísica do psicopata caracteriza-se pela
auto-referência excessiva, grandiosidade, exibicionismo e dependência
excessiva da admiração por parte dos outros.
Apenas reconhecem o Outro em função da
sua utilidade. Emocionalmente frios, mentirosos compulsivos são peritos
na dissimulação e engano. Aparentemente, o que mais lhes importa são os
interesses da empresa ou organização, mas os seus únicos objectivos são o
poder, o controlo, a dominação e subjugar. Porém, quando isto se
detecta, o mal está feito.
Dada a sua incapacidade de sentir culpa e
de reconhecer responsabilidade, quando descobertos e desmascarados
continuam a mostrar total indiferença. A sua incorrigibilidade impede-os
de beneficiarem de advertência ou reeducação, podendo dissimular, mas
na primeira oportunidade voltará ao de cima o seu carácter torpe com as
falcatruas da praxe.
Estudos recentes mostram que 15% dos
executivos falseiam a sua educação e um terço de todos os seus
Curriculum vitae contêm mentiras. Para um psicopata a mentira é uma
ferramenta de trabalho. Não mente esporadicamente para se salvar de um
aperto. Mente naturalmente, como quem respira, olhos nos olhos, e sem
aparente motivo. E diz o que se espera para cada circunstância.
O interesse que tem despertado
ultimamente a psicopatia deve-se não só às pesquisas sobre as suas bases
neurobiológicas, mas também ao enorme potencial de destruição de alguns
psicopatas quando têm acesso a determinados instrumentos, sejam
científicos, tecnológicos ou organizacionais.
Trata-se do que alguns chamam um
distúrbio de personalidade anti-social, com sistemático desrespeito
pelas normas e leis. Mas, atenção, não são "doidos". São
intelectualmente intactos, sabem exactamente o que estão a fazer,
conhecem as regras, e decidem quais as suas próprias regras.
Quem controla e manipula não é
necessariamente um psicopata. Estas características existem um pouco em
cada um de nós, de forma mais ou menos saudável. É necessária a presença
de um quadro completo, presente numa vasta gama de contextos, ao longo
do tempo, sendo a sua principal característica a ausência de empatia:
não ligam se estão a lidar com pessoas, não ligam aos sentimentos delas,
se as fazem sofrer ou prejudicam - ELES NÃO SE IMPORTAM.
Todos somos capazes de adivinhar este
tipo de personalidade em múltiplas figuras públicas, desde ditadores do
passado a governantes actuais. Se o mundo da pequena e alguma grande
política é terreno fértil, o do dirigismo desportivo então… é melhor nem
falar!
E nós, serviços de saúde, centros,
hospitais, unidades diferenciadas - algumas são verdadeiras empresas -
estamos imunes? Não somos ou poderemos ser vítimas destes doentes? Estão
os hospitais preparados e alerta para diagnosticar e lidar com esta
patologia na organização? Deverão chefiar Serviços? E como tirá-los de
lá? Estarão as administrações atentas? E não estarão elas também
"infiltradas?
Não pretendendo generalizar, diria que
as organizações onde trabalhamos são tão permeáveis como quaisquer
outras às incursões destes indivíduos. Com a agravante que os prejuízos
causados se repercutem muito para além das suas vítimas directas, tendo
implicações indirectas na saúde das populações.
Este artigo não é, nem pretende ser, uma
novidade. É um alerta para um comportamento que tem vindo
progressivamente a ser identificado como responsável por perturbações
graves do funcionamento de múltiplas empresas, instituições e serviços e
à qual as instituições de saúde não são imunes. O psicopata
organizacional existe e deve ser diagnosticada a sua presença, impedindo
que a sua acção nefasta destrua pessoas e afunde serviços e
instituições.
E que frequentemente nos interrogamos sobre se os nossos destinos estão nas mãos de gente saudável…lá isso é verdade!
E que frequentemente nos interrogamos sobre se os nossos destinos estão nas mãos de gente saudável…lá isso é verdade!
Manuel Costa Seixas
Consultor em Anestesiologia Assistente Graduado do Quadro de Anestesiologia dos HUC
O que pensa um psicopata? Existe tratamento?
No
senso comum, a psicopatia tem sido associada ao protótipo do assassino
em série, porém, nem todos os assassinos são psicopatas e nem todos os
psicopatas chegam a ser assassinos ou fisicamente violentos. A
Psicopatia é um construto psicológico que descreve um padrão de
comportamento antissocial crônico. A expressão é muitas vezes utilizada
sem distinção com o termo sociopatia (transtorno de personalidade
antissocial). Um sociopata tem aversão à sociedade, um psicopata não tem
essa aversão, mas é um indivíduo que transgride as regras e as normas
sociais. Descrita pela primeira vez em 1941 pelo psiquiatra americano
Hervey M. Cleckley, do Medical College da Geórgia, a psicopatia consiste
num conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos.
Os psicopatas são pessoas que aparentemente parecem ser inofensivos e
vistos como indivíduos “normais” por quem os conhecem superficialmente.
São pessoas que, à primeira vista, causam boa impressão, revelando-se,
no entanto, desonestas e anormalmente egocêntricas. Com frequência,
adotam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, exceto pelo
fato de se divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas não sentem
culpa. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam
compromisso. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral,
culpando outras pessoas. De acordo com o psicólogo canadense Robert
Hare, criador de uma escala usada para medir os graus de psicopatia,
hoje universalmente aceitos para diagnosticar os portadores desse
transtorno de personalidade, “ninguém nasce psicopata, nasce com
tendências para a psicopatia”. Ele afirma que os pais, a educação
recebida e o ambiente exercem influência significativa no
desenvolvimento da psicopatia, entretanto, não são determinantes como o
fator genético. Na verdade, ambos atuam em conjunto. Os pais podem
colaborar para o desenvolvimento da psicopatia tratando mal os filhos.
Conclui, “uma boa educação está longe de ser uma garantia de que o
problema não aparecerá lá na frente, visto que os traços de
personalidade podem ser atenuados, mas não apagados”. É consenso entre a
maioria dos especialistas que a psicopatia não tem cura, ou seja, não é
tratada por meio das terapias tradicionais. Como exemplo, podemos citar
o modelo de atendimento psicológico realizado nas penitenciárias. Ele
simplesmente não tem nenhum efeito sobre os psicopatas, porque nesse
modelo, tenta-se mudar a forma como os pacientes pensam e agem
estimulando-os a colocar-se no lugar de suas vítimas. Para os
psicopatas, isso é perda de tempo. Ele não leva em conta a dor da
vítima, mas o prazer que sentiu com o crime. Apesar de muitas vezes ter a
plena consciência da perversidade dos seus crimes ou das suas intenções
criminais, um psicopata raramente aprende com os seus erros, não
conseguindo refrear os seus impulsos, carecendo por isso de superego.
Por essa razão, esse tipo de tratamento não funciona. Sendo assim, a
aparente normalidade, a sua ‘máscara de sanidade’, torna-o mais difícil
de ser reconhecido e, logicamente, mais perigoso.
|
Autoria: Rangel Barbosa de Lima - Psicólogo Clínico e Organizacional |
quarta-feira, 13 de junho de 2012
A insignificância da pessoa só
Li um texto que relatava a reunião de um
jovem em busca de seu primeiro emprego e o diretor da empresa onde
pretendia consegui-lo. Na conversa o jovem procurava convencer o
empresário de que era o candidato mais preparado, comentando sobre todos
os cursos que havia cursado e sempre nas melhores escolas.
Em dado momento o homem pediu-lhe para
ver suas mãos – lisas e delicadas -, próprias de um estudante que nunca
havia trabalhado e perguntou-lhe se já havia olhado para as mãos de seus
pais. O jovem explicou então que não possuía pai há muitos anos, que
falecera quando tinha apenas um ano e que sua mãe o criara – e aos
outros três irmãos que ainda estudavam -, lavando roupas de terceiros,
mas que realmente nunca havia olhado para suas mãos.
Perguntado se já a ajudara em sua tarefa
o rapaz disse que ela nunca o permitira, dizendo que queria que ele
estudasse bastante e que um dia fosse um “doutor”. Foi então aconselhado
a fazer isso e voltar no outro dia para continuarem com a entrevista.
Ao solicitar isso, causou curiosidade em
sua mãe que, constrangida, deu-lhe as mãos ásperas, calejadas e com
várias cicatrizes para que fossem vistas e lavadas. Observando aquelas
mãos feridas e em certos pontos doloridas até pelo simples contato com a
água que a limpava, o jovem chorou e, pedindo perdão, agradeceu tudo o
que a mãe havia lhe proporcionado com seu sacrifício.
Era a primeira vez que ele se dava conta
dos sacrifícios realizados por ela para pagar suas mensalidades e que
as cicatrizes e calos eram as marcas do preço pago para que hoje, com
sua excelência de formação acadêmica, fosse o escolhido para o primeiro
emprego. Naquele dia ele lavou todas as roupas, pedindo para a mãe
descansar e durante aquela noite conversaram como nunca o haviam feito.
Ao voltar no dia seguinte e contar ao
diretor que aprendera o que provavelmente seria a maior lição de sua
vida, assumiu o emprego desejado, ouvindo de seu chefe o conselho, de
nunca se esquecer de valorizar aqueles que trabalhavam para ele, pois
sem eles nunca seria ninguém e que jamais teria sequer uma camisa limpa e
bem passada para ir trabalhar, sem o sacrifício de alguém.
Ouviu ainda que ao acordar e desfrutar
de seu café da manhã com o pão, a manteiga e o leite, deveria lembrar-se
que nada disso lá estaria sem que outras pessoas tivessem plantado o
trigo, criado a vaca, tirado o leite, feito a manteiga e o pão,
transportado e comercializado esses produtos e alguém os houvesse
colocado na mesa para que ele pudesse deles se servir.
Quantas vezes passamos pelas pessoas sem
sequer observá-las? Quando dizemos ao ascensorista do elevador que nos
transporta algo além do andar para onde queremos ir ou além do prato que
desejamos para um garçom, mais que um bom dia ou boa tarde ao porteiro
do prédio onde moramos ou trabalhamos e cumprimentamos um gari por quem
passamos, mesmo sabendo que sem eles não poderíamos viver em comunidade e
que tudo estaria apodrecendo e fétido à nossa volta?
A maioria das pessoas não enxerga que,
para sua alimentação, vestimenta, trabalho, transporte, diversão,
moradia ou mesmo para que procrie, ninguém possui algo ou sobrevive sem a
participação de outros e que basta olhar a sua volta para perceber que
sempre estará devendo agradecimentos ou pedidos de desculpas a alguém.
Nem mesmo as mais modernas tecnologias
são capazes de alterar nossa dependência de outras pessoas – que muitas
vezes sofrem por nós -, pois diferente da maioria dos animais, o ser
humano já nasce precisando de alguém que amarre e corte seu cordão
umbilical, que o agasalhe e amamente ou sequer sobreviveria.
O reconhecimento de nossa
insignificância quando estamos sozinhos é o primeiro passo para que nos
tornemos dignos das ajudas diariamente recebidas.
http://www.joaoboscoleal.com.br/2012/06/01/a-insignificancia-da-pessoa-so/
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SERRA TALHADA - PE - II FÓRUM DE AÇÕES ARTICULADAS NA EDUCAÇÃO
Foi realizado com muito sucesso no dia 04 de Novembro o II FÓRUM DE AÇÕES ARTICULADAS NA EDUCAÇÃO DE SERRA TALHADA - “POR UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS” – LOCAL: AUDITÓRIO DO COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO – ESCOLA NORMAL - REALIZAÇÃO: GOVERNO DE SERRA TALHADA - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – no qual se fez presente na abertura o Prefeito Dr. Carlos Evandro, o Vice-Prefeito Luciano Duque, Secretário de Agricultura Rafael Fernandes, o Secretário de Educação Israel Alves que conduziu junto com sua equipe da SME, todo evento e, os Palestrantes Professor José Nivaldo Monteiro dos Santos (Tema: A Influência Comportamental no Ser Humano e Suas Implicações na Educação), Professora Francisca Raquel Cavalcanti César de Souza (Tema: Interdisciplinaridade no Cotidiano Escolar), Filósofo José Ayrton Monteiro (Tema: Ensino Integral – A nova perspectiva de organização do espaço escolar), Professora Rosaline C. P. Paixão (Tema: Indicadores de Qualidade na Educação Infantil), Professora Herica Karina Cavalcanti de Lima (Tema: Alfabetização e Letramento da Pré – Escola ao 5º Ano do Ensino Fundamental), Professor Diógenes Maclyne (Tema: Avaliações Sistêmicas Educacionais), Professor Wagner Dias Vasconcelos (Tema: A Tecnologia da Informação a Serviço do Educador), Professora Luciana Vieira Demery (Tema: Educação de Jovens e Adultos – Sucessos e Insucessos) e o Professor Paulo Roberto Souza Ramos (Tema: Educação Inclusiva). No evento se fez presente mais de 600 (seiscentos) educadores, tendo iniciado as 09h e sendo concluído as 18h30min.
Professor Nivaldo Monteiro, Prefeito de Serra Talhada Dr. Carlos Evandro, Vice-Prefeito Luciano Duque.
Professores Nivaldo Monteiro e Israel Alves - Secretário de Educação de Serra Talhada
PROFESSOR NIVALDO MONTEIRO E MANOEL GOMES - SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE OROBÓ - PE
No dia 05 de Novembro de 2011, estaremos iniciando cursos de Pós-Graduação pela FACULDADE ANCHIETA, nesta cidade com apoio do Sr. Secretário de Educação do Município, Manoel Gomes Barbosa, que estava presente no Encontro do PAR - MEC em Pesqueira - PE e, em breve estarei realizando uma PALESTRA para os PROFESSORES da rede Municipal desta cidade.
CAPACITAÇÃO - Do Lúdico ao Abstrato: Formação de Conceitos Matemáticos - CASINHAS - PE
Capacitação para Educadores de Matemática do Ensino Fundamental I e II da Rede Municipal, no dia 24 de novembro de 2011, pelo PROFAE - Programa de Formação e Atualização Educacional.
PALESTRA - DROGAS: UM CAMINHO SEM VOLTA - CRAS - SERRA NEGRA - BEZERROS - PE
Palestra realizada no dia 29 de novembro de 2011 no CRAS - Serra Negra - Bezerros - PE - com a presença de jovens da comunidade e equipe profissional, Gestora, Assistente Social, Psicóloga, Professores e demais Assistentes.
PALESTRA NO CEMAIC - BEZERROS - PE
No dia 13 de dezembro de 2011 em - BEZERROS - PE, foram realizadas as PALESTRAS com os TEMAS: SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA e DROGAS NA ADOLESCÊNCIA: UM CAMINHO SEM VOLTA, no – CEMAIC, na qual fizeram-se presentes Professores e alunos do Ensino Fundamental II, num total de 120, aproximadamente.
PALESTRA NA ESCOLA MUNICIPAL NELSON CASTANHA - ENCRUZILHADA - BEZERROS - PE
No dia 14 de dezembro de 2011 em - BEZERROS - PE, foram realizadas as PALESTRAS com os TEMAS: SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA e DROGAS NA ADOLESCÊNCIA: UM CAMINHO SEM VOLTA, na ESCOLA MUNICIPAL NELSON CASTANHA, na qual fizeram-se presentes Professores e alunos do Ensino Fundamental II, num total de 60, aproximadamente.
Reverência ao Destino

"Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião... Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer. Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias... Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros. Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir... Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma... Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado... Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente conhece. Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã... Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e às vezes impetuosas, a cada dia que passa. Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar... Difícil é mentir para o nosso coração. ( ... ) ( Extraído do Livro Ágape - fls. 119/120 )
UM ARTISTA BEZERRENSE QUE É DESTAQUE NACIONAL
José Roberval de Lima - Artista Plástico (81)91795913 E-mail: jrobeval@hotmail.com
CANTORES BEZERRENSES

WALTER LINS - CANTOR / COMPOSITOR - CONTRATE: (081) 9660-2325

CHARLES ALEXANDRE - CANTOR / COMPOSITOR - CONTRATE: (81)9124.5303 - E-mail: charles_alexandre2010@yahoo.com.br

MARCOS MONTEZ - CONTRATE, ligue para: (81)9646.6067 - (81)8825.0643 ou marcosmontez@bol.com.br