Por alguma declaração ou atitude de um
conhecido, amigo ou parente, apesar de aparentemente sequer a havermos
notado, nossa relação com essa pessoa é um pouco ou totalmente alterada e
dela nos afastamos ou aproximamos mais.
Iniciam-se assim as maiores ou menores
afinidades, os afastamentos, as amizades e muitas vezes, quando menos
esperamos ou mesmo sem entender o motivo pelo qual isso aconteceu,
nossos sentimentos por uma pessoa são alterados.
Podemos sentir algum tipo de repulsa, carinho, amizade, atração, paixão, mas muito raramente sentiremos amor.
Na juventude surgem as primeiras pessoas
que mesmo quando vistas pela primeira vez, nos provocam verdadeiras
paixões e, no decorrer de nossas vidas, pessoas que julgávamos próximas
se afastam e outras com quem tínhamos pouco contato se aproximam,
tornando-se amigas.
Algumas que estavam ao lado como colegas
de estudos, trabalho ou simplesmente conhecidas, podem passar a ocupar
um espaço maior de tempo em nossos pensamentos e em diversos momentos
delas nos lembrarmos com uma frequência muito maior do que antes,
abrindo a possibilidade de com essas podermos experimentar outro tipo de
relacionamento.
Por caminhos inesperados, diferentes e
normalmente muito prazeirosos, os sentimentos nos aproximam de pessoas
por quem não imaginávamos poder sentir carinho ou amizade, mas por algum
motivo percebemos que são especiais, raras, que chegaram em nossa vida
para ficar, tornando-se aquelas amigas que mesmo quando distantes jamais
se ausentarão.
Em outras oportunidades somos por eles
levados a nos apaixonar, viver momentos de alegrias, prazeres e até a
pensar que estamos amando, o que normalmente não é verdadeiro.
O amor pleno, assim como só passamos a
entendê-lo na maturidade, que envolve dedicação, concessão, carinho,
amizade e cumplicidade, repleto de momentos felizes e inesquecíveis, é
raro e provavelmente só ocorrerá uma única vez durante nossa vida.
Mas apesar de não existirem manuais de
bom funcionamento ou garantias, para que possamos realmente viver um
amor quando ele ocorre, algumas regras básicas precisam ser seguidas,
como a não permissão de opiniões e interferências provenientes de
amigos, parentes ou filhos – que poderão causar momentos tristes,
doloridos, de constrangimento ou até o rompimento do casal -, pois
nenhuma dessas pessoas, por mais importantes que sejam na vida de cada
um, jamais suprirão a falta que um companheiro que nos ame fará em nossa
vida e na velhice.
Entretanto, se alguns momentos tristes,
choros, dores, palavras não ditas e sentimentos não demonstrados
ocorrerem por motivos exclusivos dos dois, serão facilmente superadas
pela vontade de um fazer o outro feliz, pois mesmo sendo incapazes de
mudar, quando realmente amamos, sempre podemos melhorar.
E quando seu par demonstra que pretende
ser uma pessoa melhor, continuar a seu lado e envelhecer com você, é uma
demonstração inequícoca de que entre os dois já existem coisas mais
importantes para serem avaliadas, levadas em consideração, do que os
tropeços e erros que são facilmente perdoados e quando se ama
verdadeiramente, novas chances sempre podem ser concedidas.
Não serão as conversas de terceiros,
pequenos comportamentos dos quais discorda, os incidentes ou acidentes
ocorridos durante a vida, que abalarão um verdadeiro e inesquecível
amor.
Siga seu coração, seu instinto, e não permita que o amor passe sem vivê-lo plenamente.
http://www.joaoboscoleal.com.br/2012/05/25/amor-verdadeiro/