segunda-feira, 28 de março de 2011

O envelhecimento

João Bosco Leal


Sempre procurei entender o motivo pelo qual todos sofremos ao perceber que estamos envelhecendo, que já não somos tão ágeis, que esquecemos de coisas, fatos, ou que já não podemos fazer algo, se isso é inevitável, e que sabemos, desde o nascimento que assim seria.
Quando jovens, passamos por diversas fases, desde os descobrimentos diversos, como os sentimentos e prazeres, e logo já estamos querendo que a idade passe mais rápido, que cheguemos logo aos dezoito anos, para podermos tirar a carteira de habilitação, e termos acesso a novos lugares, como entrar no cinema em filmes censurados.
Em seguida os desejos já são outros, como acabar logo a faculdade, começar a trabalhar, ser independente financeiramente, sair da casa dos pais, e, com isso, pensamos que não iremos mais ter de dar satisfações a ninguém, principalmente àqueles que nos criaram.
Começam os planos de casamento, constituir a própria família, a casa própria e todos os outros comuns nessa fase da vida, quando vem o primeiro filho, e tudo começa a se transformar naquilo que é, literalmente, a vida real, sem sonhos vagos, e passa a ser a de projetos e sonhos mais precisos, de projeções, ambições e futuro.
Provavelmente, no aspecto material, essa é a fase mais produtiva de nossas vidas, pois buscamos incansavelmente a realização de muitas projeções, tanto para nossas vidas, como da de nossos filhos. São as buscas financeiras, de crescimento econômico, aquisições materiais, estabilidade, e, imagina-se, de garantias e segurança futuras.
Na fase da maturidade começamos a entender muitas das razões pelas quais nossos pais e mestres nos diziam algo, que deveríamos ou não realizar, e que, agora, nós é que dizemos a nossos filhos. Percebemos que muitos de nossos sonhos não se realizarão, ou porque eram fantasiosos, ou porque nós, por qualquer motivo, não conseguiremos realizá-lo.
Refazemos as nossas projeções, nossos objetivos, que agora são pautadas em bases mais sólidas, e de maior possibilidade de realização dentro de nossa atual realidade, seja física, econômica ou intelectual. Passamos a aceitar que muitas coisas antes desejadas não se realizarão, mas imaginamos que outras ainda são possíveis de serem alcançadas e traçamos estratégias com esse objetivo.
Penso ser após essa fase, quando se começa realmente a envelhecer, notar limitações físicas e mentais, que o ser humano inicia seu sofrimento pela aproximação do final, que já era esperado, conhecido de longa data, mas de difícil aceitação. Quando, matematicamente notamos que já há bem menos anos a viver do que os já vividos.
Começa a fase do sofrimento pelo inevitável que se aproxima, mas esse sofrimento ocorre não pelo simples final, mas pelo conhecimento, a experiência que alcançamos, e que, com eles, provavelmente teríamos alterado várias decisões e escolhas passadas, e com isso, certamente alcançaríamos com mais facilidade vários objetivos, mas que não há mais tempo para mudanças de rotas, está feito.
Como nunca chegaremos a experimentar certos sonhos e aventuras imaginadas ontem, precisamos viver intensamente o hoje, pois a lembrança do hoje nos aliviará a dor, do que será impossível viver amanhã.

sábado, 26 de março de 2011

Os tropeços constroem

João Bosco Leal
Na internet, encontrei uma frase atribuída a Voltaire que diz: “Não estou de acordo com o que dizes, mas lutarei até o fim para que tenha o direito de dizê-lo”.
Durante o período em que estava com minhas movimentações limitadas, resolvi escrever tudo o que penso, sobre diversos assuntos. Foi a idéia que tive para me ajudar na sobrevivência durante aquele longo período, e para deixar para meus descendentes idéias que talvez pudessem ser úteis um dia, ou, se não forem, que ao menos sirvam para mostrar o que pensava seu antepassado.
Assim, como já havia anteriormente montado um blog destinado a mostrar aos filhos e netos, com descrições diárias, uma viajem de moto que fiz ao Chile, e outras que pretendia realizar, montei um outro blog, agora para arquivar meus textos, de modo a que, no futuro, pudessem ser por eles consultados se tivessem interesse.
Tanto no blog da viagem de moto, como neste, a intenção não era dar grande divulgação ao mesmo, e muito menos utilizá-los como fonte de renda, mas amigos motociclistas mais próximos na época acharam ótima a idéia, passaram a acompanhar a viagem, fazer comentários, dar sugestões de locais, e inclusive alguns também montaram seus próprios blogs para divulgar suas próximas viagens.
Como profissionalmente já havia trabalhado com sites anteriormente, pessoas mais próximas, inclusive amigos da imprensa, me solicitaram, e comecei a enviar-lhes cópias desses textos que agora escrevia, e alguns passaram a ser publicados, talvez por simples consideração a um amigo que estava enfermo, imobilizado.
Alguns textos foram muito bem recebidos, e outros nem tanto, mas a realidade é que as publicações em blogs, sites e jornais foram aumentando, e alguns textos ultrapassaram inclusive os limites geográficos do país, e foram publicados em países vizinhos, e também “além mar”.
Claro que isso nos incentiva muito, mas também aumenta muito a responsabilidade de que dizemos, e, apesar de já mantermos uma média de dezenas de publicações de cada texto, outro dia me surpreendi com um redundante fracasso de publicação, pois um determinado texto só foi publicado por dois sites. Li, reli, e não consegui, até o momento entender o motivo, mas procurei, como sempre aprender algo com isso.
Primeiro que, retornando às origens do blog, minha intenção nem era publicar nada além do blog, que seria um simples arquivo dos textos, para visitação futura de meus descendentes. As publicações ocorridas foram consequências excelentes, de concordância, aceitação, mas nunca buscadas como objetivo do blog.
Declarações como a de Voltaire, só me dão a certeza de que escrever era mesmo o que tinha a fazer, durante meu período de impossibilidade de locomoção, e que, com o que ocorreu em seguida, que devo mesmo continuar, pois nunca seremos capazes de acertar sempre, mas não podemos perder as oportunidades, sejam as de dizer claramente o que pensamos, sejam as de aprender com os tropeços.
Com eles aprendemos que devemos olhar mais onde pisamos, pois no caminho podem existir mais pedras e buracos, dos quais podemos nos desviar se vistos com antecedência, e dos quais podemos tirar mais lições, como a de que podem nos derrubar, mas ao mesmo tempo servem de sombra para insetos e répteis.
Tropeços são parte inerente da vida, sem os quais, nossos e de outros, não temos como aprender, e usá-los como combustível para a viagem rumo ao sucesso. Mesmo ainda não tendo entendido claramente este último, já o estou usando na construção do caminho que pretendo continuar seguindo, e que certamente me levará ao acerto.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O exemplo do Japão

João Bosco Leal
Segundo especialistas, os desastres climáticos que recentemente têm sido divulgados, ocorrem, e sempre ocorreram, na mesma quantidade e intensidade, mas não havia tanta informação quanto hoje que os divulgasse, motivo pelo qual muitos imaginam que estão aumentado, tanto na quantidade quanto na intensidade.
A internet, antes inexistente, hoje consegue fazer com que as pessoas se sintam praticamente participantes dos fatos, tamanha a riqueza de detalhes e a rapidez da divulgação dos mesmos. Consegue transmitir dados e imagens que derrubam governos como no Egito, ameaçam ditadores como na Líbia e surpreende a humanidade, mudando inclusive expressões, como a da transmissão ao vivo e a cores como se dizia alguns anos atrás, para transmissão on line, de ocorrências como o terremoto seguido do tsunami que arrasou o Japão nos últimos dias.
Os ambientalistas radicais tentam desmentir trabalhos científicos que comprovam isso, dizendo que o homem destruiu o planeta, que precisamos de “desmatamento zero”, replantar o que já foi desmatado, e todas as outras previsões alarmistas que já estamos acostumados a ouvir destes.
Já os cientistas afirmam que não é um tipo de árvore, mas qualquer tipo de planta, a responsável pelo “filtro” terrestre e a purificação do ar, e que, nesse sentido, tanto faz a floresta amazônica, quanto uma imensa floresta de eucaliptos, ou mesmo milhares de hectares de soja, milho, ou qualquer outro plantio agrícola, todos fazem a fotossíntese com a mesma qualidade e intensidade.
Independentemente desse tipo de discussão, até por não possuir conhecimento do assunto e não pretender, como alguns que defendem essa ou aquela corrente, radicalizar, seja para qual lado for, penso que tudo o que o ser humano precisa fazer para aprender é observar os fatos, as ocorrências, e delas tirar conhecimento necessário para viver cada vez melhor, em paz e em harmonia com a natureza, que tudo nos dá, e tudo nos ensina.
Sempre podemos aprender algo observando as mais diversas ocorrências da vida, sejam pessoais ou comunitárias, e o que está ocorrendo no Japão nos últimos dias, me faz pensar sobre os motivos pelos quais, num país como o Brasil, com tantas riquezas naturais, ainda se pensa na geração de energia nuclear.
As possibilidades naturais existentes no país para a geração de energia utilizando os mais diversos meios conhecidos atualmente são imensas, e praticamente inofensivas, como o aumento significativo da geração da energia hidráulica, com a grande quantidade de rios ainda inexplorados para esse fim que possuímos, a energia gerada pelo vento, eólica, quando se sabe que possuímos regiões onde o vento é intenso e ininterrupto, como no Nordeste, e a energia solar, de captação fácil e abundante em todo o país durante todo o ano.
Mesmo com os ambientalistas lutando contra, dizendo que as represas inundam áreas de animais, reservas indígenas, ou mesmo de outras populações ribeirinhas, não dizem que essas populações realocadas sempre são instaladas em locais com maiores e melhores condições e infraestrutura como um todo, desde escolas, hospitais, comércio, centros de lazer, e tudo o que se faz necessário para uma vida mais digna do que possuíam.
E as represas, além de energia passam a gerar também fartura de alimentos com peixes em abundância para seus ribeirinhos, trabalho para pescadores profissionais, turismo e sua consequente geração de empregos, esportes aquáticos, transporte fluvial, mais barato e seguro que o rodoviário e o ferroviário, e centenas de outras possibilidades.
As ocorrências no Japão devem servir de alerta aos defensores da energia nuclear pois por mais que os cientistas digam que possuem controle sobre esse sistema, num dos países mais desenvolvidos do mundo, e que no passado já sofreu as consequências da explosão de bombas atômicas em seu território, esses cientistas não souberam sequer como impedir as explosões dos reatores, e a nova contaminação ambiental e de seres humanos que certamente ocorrerá.
Podemos até entender que em países menores, pequenos como o Japão, a geração de energia nuclear ainda assim seja justificável, por falta de outras alternativas, mas no Brasil, com todas as riquezas naturais que possuímos, só pode ser entendida como mais uma fonte de corrupção, ou seja, de crime.



segunda-feira, 14 de março de 2011

Sonhos e desejos

João Bosco Leal
http://www.joaoboscoleal.com.br/2011/03/sonhos-e-desejos.html
Quando os filhos nascem seus pais sofrem uma enorme mudança. Mudam os objetivos, os sonhos, desejos, ambições, nascem as preocupações e aumentam as responsabilidades.
Com seu crescimento desses filhos, os primeiros passos, primeiras palavras, primeiras quedas nos fazem rir. Entretanto, seus pequenos machucados nos transtornam e enchem de culpa. Aquele tombo com o consequente galo na cabeça, um corte com a necessidade de alguns pontos ou até um membro fraturado, nos levam a sentimentos de culpa, por não havê-los protegido o suficiente, e também a começar a entender que não seremos capazes de protegê-los contra tudo e contra todos.
No início da fase escolar, as pequenas brigas, apelidos, gozações e até xingamentos nos fazem querer, ou até mesmo tomar a atitude de ir tomar satisfações e fazer ameaças aos professores, diretor ou até mesmo aos pais do “agressor” de nossos filhos. É o nosso total despreparo para entender que nossos filhos começaram a viver em sociedade e isso trará uma infinidade de coisas boas, mas também ruins, durante toda a sua vida, e que eles próprios precisam aprender a conviver com isso, e a se defender quando necessário.
Em alguns casos, a ignorância ou o simples despreparo dos pais, fazem com que, nessa época, ensinem seus filhos a bater, ser agressivos, pois para estes, “bater é melhor que apanhar”, enquanto outros pais ensinam aos seus a cordialidade. Começa aí a diferença de caráter, de formação e de comportamento dos futuros adultos, que certamente levarão, para o resto de suas vidas, esses ensinamentos mais ou menos cordatos ou agressivos.
Essas crianças crescem e durante sua juventude os pais ainda podem transmitir alguns ensinamentos, algumas experiências de vida, sempre daquelas que, mesmo quando errando, pensamos ser o melhor para elas, sua vida, seu futuro. Passa o tempo e elas começam a rebelar contra tudo o que dizemos, pois somos velhos, ultrapassados, e em nosso tempo não havia sequer computadores, celulares e nunca ouvimos boas músicas.
Nada sei nem estudei sobre educação, além da experiência passada na tentativa de educar, da melhor maneira possível, e dentro da minha ótica, meus três filhos. Mas, para todos, estudiosos ou não, e em qualquer nível cultural ou econômico, a vida passa e esses filhos se casam e começam ter os próprios filhos, começando, agora eles próprios, a sentir tudo o que sentimos e, por esse motivo, invariavelmente começam a enxergar muitas coisas, ou até a própria vida, de uma maneira bem mais próxima da nossa própria visão.
Começam a entender nessa fase o que significa “amor de pai e de mãe”, que o criou, lhe deu carinho, aqueceu, alimentou, protegeu e amou sempre, em qualquer situação, quando estava certo ou errado. Começam a entender que por mais velhos, chatos e ignorantes que sejam seus pais, existem pessoas que possuem pais bem piores, que sequer quiseram conhecer seus filhos, das mães que os doaram ainda na maternidade, sem chegar a conhecê-los nem com um olhar, das que os abandonaram em sacos de lixo, dos pais bêbados, viciados, que agridem fisicamente a esposa e os filhos simplesmente por estarem bêbados ou drogados, e assim muitos outros exemplos poderiam ser dados de pais que certamente são piores que pensamos serem os nossos.
Por pior que seja um pai, desde que esteja sóbrio, longe de bebidas ou drogas das quais eventualmente possa ser usuário, não tenha a menor dúvida de que, tudo o que deseja para seu filho, é que seja melhor que ele, que obtenha a felicidade e o sucesso que ele próprio sonhou mas não obteve.

A intransigência dos mais velhos

Pelo que tenho observado no relacionamento humano, pessoas mais velhas tendem a se tornar mais intransigentes, ríspidas, ou curtas e grossas como dizem alguns, o que, muitas vezes, acaba desagradando outras.
Dias atrás ouvi de pessoas distintas, ambas com mais idade do que eu, dizerem a interlocutores: “não me traga mais problemas, não quero saber deles” e da outra, ” não me ensine mais nada, pois não quero aprender mais do que já sei”.
No primeiro caso a pessoa não pretendia saber de mais nada a respeito de determinada pessoa, próxima sua, que, como sempre, lhe dava problemas e que inicialmente ela tentava resolver, mas que, aparentemente já cansada, estava chegando à conclusão de que não seria mais capaz de mudar nada, que aquela era uma pessoa adulta, de caráter já formado e que deveria, mais cedo ou mais tarde, começar a arcar com suas atitudes, certas e erradas, pois sendo sempre ajudado, protegido por alguém, nunca aprenderia que seus comportamentos trariam sempre consequências.
No segundo caso, era sobre novas tecnologias, computadores, celulares e outros que ela já usufruía mas que não lhe interessava se aprofundar em nada daquilo, mas simplesmente utilizar o que lhe conviesse, como e-mails, Skype e jogos de passa tempo, no caso do computador, e de simplesmente poder falar ao telefone de onde estivesse, no caso do celular, sem nenhuma utilização a mais para qualquer um desses equipamentos.
Os dois casos me levaram a pensar sobre isso, e a concluir que realmente chega uma idade em que passamos a entender que o que já vivemos, e, por experiência já sabemos, já está de bom tamanho, que vivemos bem assim e que, portanto, não queremos mais nos envolver em muitas coisas que, provavelmente, nos trarão mais angústias que prazeres, nos farão mais mal do que bem.
Claro que o conhecimento nunca é demais, mas entendo que deve chegar uma idade em que não nos interessará mais aprender determinadas coisas, como cálculos no computador. Certamente iremos querer aproveitar o que a informática irá nos propiciar de melhor, dentro dos nossos interesses, para aquela idade, que certamente não serão os jogos eletrônicos, mas provavelmente roteiros de viagens, lugares, livros e cultura em geral.
Os interesses mudam muito com a idade e as pessoas com mais idade, mais vividas e, por isso mais experientes, acabam ficando normalmente mais intransigentes, simplesmente por já saberem exatamente o que querem, e o que não querem da vida.
Por esse motivo penso que devemos sempre levar em consideração, quando tratamos com os mais velhos, que sua intransigência é em defesa própria, para não ser obrigado a fazer nada que não lhe interesse ou, o que já sabe que não gerará bons resultados.
O que de melhor existe na intransigência dos mais velhos, e que deveria nos servir também de exemplo destes, é que nela não há lugar para a falsidade.

As experiências vividas e a viver

João Bosco Leal

Como consequência da necessidade física que tive de ficar parado durante dois anos e meio, sem sair de casa por qualquer motivo, seja para passear ou trabalhar, acabei passando por algumas experiências que nunca havia pensado que passaria.
Uma delas foi a de descobrir que sempre errei muito pouco em minhas análises sobre quem eram meus verdadeiros amigos, e aqueles que se aproximavam por outro motivo, qualquer que fosse, mas essas são pessoas tão pequenas que sobre elas não vale a pena sequer falar.
Com pessoas que mal conhecia e que se demonstraram muito amigas é que tive experiências inesperadas, indescritíveis e que valeram muito para meu crescimento e, certamente, também para o deles. É um crescimento como ser humano, com o que realmente vale a pena.
Além dessas experiências, tenho tido diversas outras, em relação a diversas coisas, algumas novas para mim como as redes sociais, ou escrever, do que sempre gostei, e publicar meus textos.
Sempre gostei de ler e tive a oportunidade, e tempo, de ler livros muito bons, alguns especiais mesmo. Com isso reacendeu em mim o prazer da leitura que estava meio de lado, e claro, só tenho a ganhar com prazeres como este que, além de tudo, nos dá cultura.
Após recomeçar a andar tive também outras experiências, como aquelas em uma viagem realizada a Aruba quatro meses atrás. Pude ver a diferença de meus próprios interesses, como eu observava cada detalhe de um país desconhecido, como sua cultura, economia, clima, produção e tantos outros detalhes agora importantes, e que nada importavam em viagens anteriores, quando era mais jovem e só buscava diversão, e não conhecimento.
Pude também, agora, tentar mensurar as perdas ocorridas nesse período, sejam culturais, emocionais, econômicas, produtivas e tantas outras que seria impossível descrever. São perdas irreparáveis, e imensuráveis, como o tempo perdido na convivência com meus filhos e netos, os projetos de trabalho que não foram realizados, e tantas outras coisas, mesmo as menos importantes, pois esse período não voltará jamais.
Estou também passando pela experiência que agora me parece óbvia, mas antes, provavelmente por minha imaturidade, não era, de entender que devo, cada vez mais, frequentar novos lugares e pessoas, mesmo que em pesquisas na internet ou pelas redes sociais.
Que devo deixar de levar a vida tão a sério, que as pessoas são diferentes, e nunca serão como entendemos que deveriam ser, que se comportam e tomam atitudes que nunca tomaríamos, mas que elas são outras, e não nós, e isso nunca mudará.
São conhecimentos que, mesmo que tenhamos cansado de ouvir que assim era, só adquirimos com experiências vividas, próprias, boas ou más, tristes ou felizes.
Com a idade avançando, estou aprendendo que já deveria ter feito, ou experimentado fazer, muitas coisas que antes não fazia, pois à medida que ganho experiência, um pouco mais me é revelado, e o conhecimento é a maior experiência por que pode passar o ser humano.
 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mão dupla

João Bosco Leal
http://www.joaoboscoleal.com.br/2011/03/11/mao-dupla/

A maturidade têm me mostrado coisas que realmente não conseguia ver quando tinha menos idade. Não que agora pense serem os mais velhos mais competentes, mas que eles, como eu, com a vida, aprenderam a partilhar.
Amizades, afeto, carinho, amor, e mesmo negócios, são atividades que não se consegue só. É necessário ter uma outra pessoa de quem sejamos amigos, por quem tenhamos afeto, a quem possamos dar, e de quem possamos receber carinho, amor, ou mesmo com quem possamos realizar negócios.
 A vida nos mostra, desde o nascimento, que não conseguimos sobreviver só, como muitos animais, que já nascem e buscam a própria sobrevivência sem a ajuda de ninguém, como as tartarugas, e tantos outros. O ser humano precisa de quem lhe corte o cordão umbilical, o amamente, e forneça todas as outras coisas que certamente necessitará, até que consiga andar, falar, trabalhar e, a partir daí, ser parcialmente independente.
Mesmo assim, temos muita dificuldade em entender que assim será por toda a vida, e normalmente não partilhamos detalhes da vida, que certamente nos fariam, e a outros, mai felizes.
Poucos dias atrás ouvi de uma senhora de idade já bem superior à minha, e que, talvez até por isso mesmo eu a considere uma sábia, que  ’a vida é feita de detalhes’.
Pelo pouco que sei sobre ela, foi com a vida que aprendeu a dar, muito mais do que recebeu, e isso a tornou uma pessoa admirada e querida por todos. Apesar de por determinado período haver recebido muito pouco, ou nada, em quase todos os sentidos da vida, ela não deixou de dar, e agora, penso, colhe os frutos.
Entretanto, se observamos cuidadosamente o comportamento humano, poderemos notar o quanto ele é mesquinho, só pensa em si, e quanto mais recebe mais se acha no direito de receber, sem se importar em buscar, em uma auto análise, se também está dando tudo o que recebe. Isso é facilmente notado em relacionamentos entre pais e filhos, onde os pais dão tudo o que os filhos solicitam.
Relacionamentos entre seres humanos, seja de amizade, entre pais e filhos, ou de casais afetivamente ligados, acabam envolvendo outras pessoas, que nos cercam, e, nesse caso, quando damos, exigimos que além de nos dar, nosso parceiro dê também aos nossos, algo que na maioria das vezes achamos que só nós damos.
Nos relacionamentos entre casais, seria perfeito se, além de nós, os nossos também dessem, e recebessem, mas se isso não ocorre, penso ser até injusto cobrar de alguém, que lhes dê o que deles não recebe, ou que seja cobrado para dar o que não recebe.
Quando permitimos, ou sequer notamos, que os nossos não dêem o mesmo que recebem, estamos agredindo emocionalmente quem certamente tanto queremos, que dá, e não recebe.
Com a maturidade, acabamos percebendo que não podemos nos relacionar com outros seres humanos, seja afetiva ou comercialmente, sem que o que damos tenha algum retorno, assim como o que recebemos merece também uma devolução equivalente, proporcional.
Amizades, relacionamentos, namoros e até casamentos são prejudicados, ou até chegam ao fim, por não darmos a devida atenção ao retorno, tanto nosso, como dos nossos, de também dar o que recebemos.
Normalmente, deixamos de ser felizes por muito pouco. Não percebemos que, quando a via é de mão única, não se sobrevive caminhando no sentido contrário.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Políticos canalhas ou canalhas políticos?

Autor: João Bosco Leal
Diante das notícias sobre o maior desastre natural ocorrido na história do país, com mais de seiscentos brasileiros mortos, me coloco a pensar sobre como, onde, e porque erramos.
Por mais que tente, não consigo escapar da resposta mais óbvia, de que somos nós mesmos os culpados, por havermos eleito os que hoje aí estão, que são os culpados diretos pelas tragédias pelas quais, invariavelmente nos últimos anos, passa o país nessa época do ano.
São os políticos covardes, corruptos, incapazes de legislar em favor do povo, se a proposição de determinada lei puder custar-lhes votos na próxima eleição.
A grande maioria de nossos políticos é assim, e nós somos os verdadeiros culpados, pois de uma maneira ou outra, eles só estão lá por terem sido votados, com votos conscientes ou vendidos, mas com votos.
Olhando sempre para os próprios umbigos, somos incapazes de lutar para derrubar de seus postos, aqueles que historicamente lá estão, roubando, sendo corruptos, corrompendo e sangrando econômica e moralmente esse país, através dos mais diversos meios, iludindo com promessas, e corrompendo com os mais diversos tipos de bolsas e vales, os mais humildes e necessitados.
Essa grande maioria populacional e eleitoral continuará assim, analfabeta, dependente do Estado e por conseqüência dessa corja, por muitos anos, sofrendo alagamentos, desabamentos e morrendo soterrada pois, para os legisladores bandidos, não convém propor nada que os tire de lá, e os reassente em local mais digno e protegido das intempéries naturais.
O país possui capacidade financeira para colocar em prática projetos de bilhões de reais, como o do trem-bala entre o Rio de Janeiro e São Paulo, mas não possui igual capacidade para acabar com as áreas residenciais de risco, reassentando seus moradores.
Acabaria assim a possibilidade de, na próxima campanha eleitoral lá comparecer com a promessa de que, na próxima legislatura isso ocorreria. Acabaria também a possibilidade da realização de obras emergenciais, que por esse motivo não necessitam ser licitadas, e assim podem gerar gordas comissões, como também costumam ocorrer em obras de bilhões como a do trem bala, historicamente pagas aos bandidos que, com esses interesses, assim procedem, privilegiando determinadas obras, em desfavor de outras.
Quando ocorreu o deslizamento do Morro do Bumba, soterrando mais de duas centenas de brasileiros há apenas um ano, o que se ouvia era o mesmo de agora, quando no local comparecem desde o Presidente da República, o Governador, deputados, prefeitos e vereadores (os maiores culpados), expressando suas condolências, fazendo promessas, liberando verbas e enviando reforços materiais e humanos.
A única mudança real ocorrida é que o Presidente agora é outro, usa saias, mas é criação e participou do governo anterior, e sua equipe permanece praticamente a mesma que, após a tragédia do ano passado, nada de efetivo realizou para que isso agora não estivesse novamente ocorrendo.
A culpa, certamente é, e continuará sendo dos políticos canalhas, ou dos canalhas políticos, pois, como na matemática, a ordem dos fatores não altera o produto.

A covardia dos incompetentes

Autor: João Bosco Leal
No decorrer da história ocorreram milhares de casos de plágios, de cópias, parciais ou totais de textos, musicas, fórmulas químicas e de muitos outras tipos de autoria que deveriam, no mínimo ter seu autor mencionado.
Ocorreram milhões de processos com maiores ou menores índices de sucesso, mas os autores, sempre que puderam, reclamaram seus direitos, e a justiça foi feita na grande maioria dos casos.
Em décadas passadas, muitas cópias e plágios chegavam a demorar anos para ser descobertas, ou, em alguns casos, nunca o eram, principalmente em decorrência da comunicação precária e das publicações e divulgações normalmente terem uma abrangência mais regional, ou em um único país ou idioma.
Com o advento da internet, isso deixou de ocorrer e, em segundos, sabe-se de tudo o que está ocorrendo em todo o globo terrestre, sobre qualquer assunto que seja buscado.
Por um lado isso facilita muito as coisas e por outro, consegue-se também perceber como ainda existem pessoas pequenas, mesquinhas, incompetentes, e covardes.
Como já relatei anteriormente, por haver ficado impossibilitado de me locomover, em decorrência de um acidente, por um período superior à dois anos, resolvi preencher meu tempo na cama ou cadeira de rodas escrevendo, e para isso criei um blog, sem nenhum fim lucrativo, sem nenhum anúncio, simplesmente para dar vazão ao que pensava à respeito de tudo o que via ocorrer à minha volta, sobre os mais variados assuntos, desde que ocorressem dentro do Brasil.
O tempo passou e já publiquei mais de cento e cinqüenta textos, dois por semana, e escrevi mais de duzentos. Muitos blogs sites e jornais os publicam, sempre me dando o crédito autoral e, como sempre faço, após a publicação em meu blog,pesquiso através do Google e, no rodapé do texto, coloco um link dirigindo as pessoas que leram o mesmo, a todos os outros blogs sites e jornais que o publicaram, dando-lhes assim o crédito, e o devido reconhecimento pela publicação.
Entretanto, agora passei por uma experiência bastante triste nesse sentido, exatamente quando escrevi o texto “Doação”, que, coincidentemente, trata da necessidade do ser humano tentar melhorar seu relacionamento com o próximo, com atitudes melhores, por menores que sejam, mas de doação, seja de carinho, de amor, de afeto ou até mesmo material, quando for o caso, como agora, nas destruições materiais e perda de centenas de vidas ocorridas no Rio de Janeiro.
Fazendo a pesquisa no Google, buscando quem publicou esse texto, encontrei-o publicado no “Blog do Colares” como sendo um Editorial, de autoria do próprio Sr. J. Colares, como pode ser verificado no endereço do mesmo, http://jbvcolares.blogspot.com/2011/01/editorial-do-blog-leia-ate-o-final.html . E esse mesmo blog já havia publicado, na semana passada, um outro artigo de minha autoria, o “Políticos canalhas ou canalhas políticos?”, e teve colocado em meu blog o referido link, dando-lhe o crédito pela publicação.
Como sequer encontrei no “Blog do Colares” um local apropriado para comentar o fato e solicitar a imediata correção, ou mesmo um e-mail, para que pudesse com ele me comunicar a esse respeito, comentei o ocorrido em meu Facebook, e o mesmo já foi bastante comentado, inclusive por quem normalmente publica meus artigos.
Pena que ainda existam pessoas assim, incapazes, e de tamanha incompetência que necessitem copiar outros para se promoverem. E ótimo que já exista a internet, para facilmente descobrir e divulgar os mesmos, para que também se tornem bem conhecidos, mas por sua covardia e incompetência.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A memória humana e a escrita

Autor Dr. Drauzio Varella
http://www.drauziovarella.com.br

O ser humano desenvolveu a capacidade de transmitir conhecimento a seus semelhantes. Talvez tenha sido essa capacidade que permitiu sua sobrevivência como espécie e, certamente, foi ela que lhe deu a supremacia na escala evolutiva.
Nos primórdios da civilização bastou que esse conhecimento fosse transmitido por uma linguagem que misturava sons e gestos. Como isso era transmitido de geração em geração e como quem conta um conto aumenta um ponto, criaram-se histórias fantásticas. Surgiram as lendas das quais até hoje temos notícia.
Durante a era do gelo a humanidade sobreviveu graças à caça de grandes animais, mas ela terminou. O ambiente mudou radicalmente e o ser humano foi obrigado a encontrar outras fontes de alimentação. Daí surgiu a agricultura e, com ela, a sedentarização, a organização social em cidades e o acúmulo de riquezas.
A humanidade percebeu que não havia mais como confiar somente na memória e, por volta do ano 3.100 a.C., surgiu a escrita. No princípio, era um simples rol de riquezas estocadas em armazéns, mas logo o homem começou a usá-la com finalidade religiosa, cultural e comercial.
Com o grande salto cultural dado pelos gregos no período clássico, a escrita tornou-se o principal instrumento na transmissão do saber e, paralelamente, um instrumento de poder político.
No entanto, a escrita não foi aceita por todos. Platão, através de Sócrates em seu diálogo com Fedro, nos traz ao conhecimento uma lenda egípcia. Thot, deus a quem era consagrada a ave íbis, inventou os números e o cálculo, a geometria e a astronomia, o jogo de damas e os dados, e a escrita. Durante o reinado de Tamuz, o deus ofereceu-lhe suas invenções, dizendo-lhe para ensiná-las a todos os egípcios. Mas Tamuz quis saber de suas utilidades e, enquanto o deus explicava, o faraó censurava ou elogiava, conforme essas artes lhe parecessem boas ou más. Quando chegaram à escrita Thot disse que aquela arte tornaria os egípcios mais sábios e lhes fortaleceria a memória.
No entanto, Tamuz respondeu-lhe que a escrita tornaria os homens esquecidos, pois deixariam de cultivar a memória. Ao confiar apenas nos livros, só se lembrariam de um assunto exteriormente e por meio de sinais, e não em si mesmos. Os homens tornar-se-iam sábios imaginários.
Nesse mesmo diálogo, Sócrates considera a escrita como algo que limita o pensamento, que engessa as idéias. Um discurso escrito, dizia ele, será sempre o mesmo, repetido inúmeras vezes sem que se possa agregar novas idéias.
Ironicamente, se hoje sabemos muito da filosofia de Sócrates é porque Platão a escreveu.
Analisando a questão frente a nossos conhecimentos sobre a memória humana, podemos, no entanto, afirmar que escrever é uma forma salutar de ampliar nosso banco de dados. Salutar porque é preciso esquecer para poder lembrar. Explicando, nossa memória não pode guardar absolutamente todas as informações que lhe chegam, sob risco de bloqueio.
É armazenando somente o que interessa e associando convenientemente os dados estocados que a memória pode ser evocada.
De qualquer forma, a escrita está aí, imutável ao longo do tempo (a não ser, claro, em algumas dessas péssimas traduções com que por vezes nos deparamos), pronta para ser consultada quando precisamos e, sobretudo, liberando o cérebro humano para a associação dos conhecimentos armazenados e a criação de novas idéias.
A título de ilustração, sabe-se que com treinamento intenso e adequado, uma pessoa pode reter uma seqüência de 50, 100 algarismos. No entanto, com papel e lápis qualquer um terá a mesma seqüência guardada, com um mínimo de esforço.
Finalizando, não podemos nos esquecer do que dizia Confúcio......Bem, ele dizia......O que mesmo ele dizia?........Acho que me esqueci, teria sido melhor escrever.

Fatores interferentes

Autor Dr. Drauzio Varella
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O cérebro humano está sujeito a estímulos externos através dos sentidos, a estímulos internos advindos do organismo e a estímulos de ordem emocional. Há quem acredite que o ser humano só consegue pensar porque há uma interação desses estímulos.
Com a atenção e o poder de concentração não é diferente. Assim, há fatores externos e internos que facilitam ou dificultam a atenção.
O interesse pessoal sobre determinado assunto faz com que certas pessoas possam quase que decorar informações com uma única e simples leitura. É de conhecimento geral que quanto maior o interesse mais facilmente se aprende.
A vivência de fatos com alta carga emocional, faz com que os mesmos permaneçam para sempre na memória. São os chamados fatos marcantes na vida de uma pessoa que, mesmo ocorrendo uma única vez, não são jamais esquecidos.
Por outro lado, as preocupações com os problemas diários, a ansiedade e, em muitos casos, a depressão, são fatores que turvam a atenção e, como conseqüência, impedem a retenção de informações novas, gerando a impressão de que a “memória está falhando”.
Esses fatores normalmente não afetam diretamente a memória mas sim a atenção e a concentração. No entanto, quando muito intensos podem provocar alterações temporárias da memória. É o caso dos conhecidos “brancos” que ocorrem em situações de ansiedade intensa.
Há, ainda, um outro fator ao qual se começa a dar atenção. Trata-se da relação e possível interferência entre as memórias explícitas e implícitas.
Toda atividade humana, inclusive as puramente intelectuais, tendem a ser automatizadas. Muitas de nossas atividades são repetidas diariamente e ao longo do tempo vão deixando de ser conscientes passando a ser executadas sem que dediquemos a elas a menor atenção. Com o passar da idade, a maioria das pessoas passa a só executar atividades e tarefas que já realizou um sem-número de vezes e isso, evidentemente, dificulta sua atenção e, conseqüentemente, a retenção na memória dos fatos ocorridos e das informações veiculadas nesse período. Esse fenômeno é mais comum do que se imagina, e tem como exemplo a leitura automática, em que o leitor ao cabo de uma página não consegue se lembrar de uma linha sequer.
A maioria das pessoas com problema de esquecimento, na realidade nada tem de errado com sua memória, mas sim com os mecanismos que levam a informação até a memória.

 

Esquecimento

Autor Dr. Drauzio Varella
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Ao contrário da amnésia em que há perda de uma capacidade, o esquecimento é uma falha na retenção ou na evocação dos dados da memória.
Trata-se de fenômeno muito comum que, em maior ou menos grau, ocorre com qualquer pessoa.
No entanto, é cada vez maior o número de pessoas que se sentem incomodadas com o problema e que buscam solução.
A principal questão no que se refere ao esquecimento é saber sua causa. Alguns postulam que ocorre uma debilitação dos traços de memória com o passar dos anos. Outros, no entanto, acreditam que novos conhecimentos podem interferir prejudicando a memória.
O desuso provocaria um enfraquecimento dos circuitos da memória, conforme o modelo conexionista, tornando cada vez mais difícil o acesso a essas informações. Isto pode explicar parte do problema, mas não todo ele. É fato que com o passar da idade as pessoas têm mais dificuldade para lembrar de fatos passados, porém essa dificuldade é mais intensa para os fatos recentes enquanto fatos remotos marcantes, ainda que não utilizados com freqüência, podem ser lembrados facilmente, inclusive em detalhes.
Considerando-se a interferência, sabe-se que um novo aprendizado pode interferir com um antigo que lhe guarde alguma semelhança ou que lhe possa ser associado. Assim, a cada nova informação haveria modificação naquelas já sedimentadas. O acúmulo de informações ao longo do tempo faria com que pessoas de mais idade tivessem maior dificuldade em relação à evocação da memória.
Nenhuma dessas causas explica totalmente a ocorrência do esquecimento, mas não podem ser descartadas como componentes do problema.
Há, no entanto, um outro importante aspecto a ser considerado.
Não é possível evocar uma informação se ela não foi devidamente arquivada. Para que o ser humano possa reter na memória uma determinada informação, é necessário que sua atenção esteja voltada para isso. Sem atenção, não há qualquer possibilidade de se guardar um fato e sem guardá-lo, não há como recuperá-lo depois.
O combate ao esquecimento deve levar em consideração a atenção e o poder de concentração, bem como os fatores que os facilitam ou os dificultam. Também se deve atentar para os fenômenos do desuso e da interferência de novos aprendizados.

 

Amnésia

Autor Dr. Drauzio Varella
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A amnésia é uma entidade patológica provocada por diversas causas em que o indivíduo perde a capacidade de reter informações novas (amnésia anterógrada) ou de evocar as antigas (amnésia retrógrada).
As amnésias são sempre causadas por agressões ao cérebro que podem ter caráter transitório ou permanente, sendo algumas delas destacadas a seguir.
Síndrome de Korsakoff. Essa doença foi descrita como decorrência de alcoolismo crônico, podendo, no entanto, decorrer de outras causas. A amnésia é o sintoma predominante nessa síndrome, sendo caracteristicamente do tipo anterógrado.
Amnésia traumática. As pessoas que sofrem um trauma de crânio de certa intensidade, muito freqüentemente, esquecem-se dos fatos que ocorreram minutos antes do trauma (amnésia retrógrada) e, também, dos fatos que ocorrem após o trauma (amnésia anterógrada), embora não percam a consciência. Há uma certa relação de proporcionalidade entre a intensidade do trauma e o tempo de amnésia.
Amnésia global. Essa forma de amnésia está relacionada com um grave e difuso comprometimento cerebral. Há, de forma definitiva, amnésia tanto anterógrada quanto retrógrada, ou seja, o indivíduo perde a capacidade de reter novas informações e de evocar seu estoque antigo de informações. Tal situação ocorre em demências, traumas muito graves e intoxicações por monóxido de carbono.
Amnésia global transitória. Nessa situação a amnésia dura algumas horas, não ultrapassando um dia, e a recuperação é completa. O indivíduo tem comportamento normal, porém não retém nenhuma informação durante o episódio, ou seja, tem amnésia anterógrada completa, permanecendo uma lacuna na memória dessa pessoa depois da recuperação. A causa desse problema não está, ainda, totalmente esclarecida, parecendo estar ligada à isquemia transitória afetando as partes internas do lobo temporal. Essa patologia tem curso benigno, sendo excepcional um segundo episódio.
Amnésia pós-operatória. Há cerca de 50 anos, um neurocirurgião americano, para poder tratar um paciente com crises convulsivas que não melhorava com remédios, fez uma cirurgia retirando, de ambos os lados, certas partes do lobo temporal (hipocampo e porção medial). Esse paciente obteve um controle das crises, mas ficou com amnésia anterógrada muito intensa e, até hoje, põe-se em dúvida se o benefício obtido valeu pelo déficit adquirido. Quanto à lembrança de fatos e conhecimentos anteriores à cirurgia, esse paciente não sofreu alteração.

Mecanismos da memória

Autor Dr. Drauzio Varella
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Ainda não se conhece definitivamente o mecanismo, ou os mecanismos, pelo qual o cérebro adquire, armazena e evoca as informações.
Não obstante, alguns modelos são propostos para explicar essa função do cérebro humano.
O primeiro dos modelos propostos, tem como base a atividade elétrica cerebral. Assim, a informação seria guardada em circuitos elétricos, ditos reverberantes. Evidência desse mecanismo é obtida pela existência de conexões neuronais recorrentes, ou seja, ramificações da célula nervosa (neurônio) que voltam ao seu próprio corpo, reestimulando-a. É possível que esse mecanismo esteja presente na manutenção das informações nas memórias de trabalho e de curto prazo.
O segundo modelo baseia-se na produção de substâncias químicas que conteriam um código relacionado às informações. Esse modelo supõe que os neurônios possam sintetizar ARN (ácido ribonucléico) e que esta substância conteria um código da memória da mesma forma que o ADN (ácido desoxirribonucléico) contém a codificação genética. Embora se tenha verificado aumento da síntese de ARN em fases de aprendizado, atualmente acredita-se que essa síntese seja responsável mais pelo funcionamento celular que pela criação de um código químico, de forma a ter-se relegado a um segundo plano essa hipótese.
Outro modelo pressupõe a alteração das conexões entre os neurônios, sendo denominado modelo conexionista. Todos os neurônios emitem ramificações que se comunicam com outros neurônios, tendo umas, caráter estimulante e outras, caráter inibitório para a célula a que se destinam.
A transmissão do impulso nervoso é feita no ponto de encontro dessas ramificações com a célula alvo, ponto esse denominado sinapse. Haveria alteração da função sináptica criando novos circuitos neuronais e seriam esses circuitos que codificam as informações. Esse modelo tornou-se bastante plausível depois que se comprovou, experimentalmente, o aumento da resposta sináptica com a aplicação de estímulos repetitivos. Assim, acredita-se que o substrato da memória é o aumento da função sináptica (hipertrofia) ou a criação de novas sinapses. Esse modelo é bastante interessante, pois, além de esclarecer como são guardadas as informações, permite explicar, também, a atenuação das lembranças, fenômeno conhecido por todos e que seria devido à diminuição da função sináptica causada pelo desuso.

Memória

Autor Dr. Drauzio Varella
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Há duas maneiras pelas quais o cérebro adquire e armazena informações: memória de procedimento e memória declarativa. Essas duas formas divergem tanto no que diz respeito aos mecanismos cerebrais envolvidos como nas estruturas anatômicas
A memória de procedimento (também chamada implícita) armazena dados relacionados à aquisição de habilidades mediante a repetição de uma atividade que segue sempre o mesmo padrão. Nela se incluem todas as habilidades motoras, sensitivas e intelectuais, bem como toda forma de condicionamento. A capacidade assim adquirida não depende da consciência. Somos capazes de executar tarefas, por vezes complexas, com nosso pensamento voltado para algo completamente diferente.
Por outro lado, a memória declarativa (também chamada explícita) armazena e evoca informação de fatos e de dados levados ao nosso conhecimento através dos sentidos e de processos internos do cérebro, como associação de dados, dedução e criação de idéias. Esse tipo de memória é levado ao nível consciente através de proposições verbais, imagens, sons etc. A memória declarativa inclui a memória de fatos vivenciados pela pessoa (memória episódica) e de informações adquiridas pela transmissão do saber de forma escrita, visual e sonora (memória semântica).
Analisando a memória quanto ao tempo de armazenamento das informações, pode-se classificá-la em memória de trabalho, memória de curto prazo e memória de longo prazo.
A memória de trabalho, que alguns acreditam ser parte da memória de curto prazo, atua no momento em que a informação está sendo adquirida, retém essa informação por alguns segundos e a destina para ser guardada por períodos mais longos ou a descarta. Quando alguém nos diz um número de telefone para ser discado, essa informação pode ser guardada se for um número que nos interessará no futuro ou ser prontamente descartada após o uso. A memória de trabalho pode, ainda, armazenar dados por via inconsciente.
A memória de curto prazo trabalha com dados por algumas horas até que sejam gravados de forma definitiva. Este tipo de memória é particularmente importante nos de cunho declarativo. Em caso de algum tipo de agressão ao cérebro enquanto as informações estão armazenadas neste estágio da memória, ocorrerá sua perda irreparável.
A memória de longo prazo é a que retém de forma definitiva a informação, permitindo sua recuperação ou evocação. Nela estão contidos todos os nossos dados autobiográficos e todo nosso conhecimento. Sua capacidade é praticamente ilimitada.
Não há uma estrutura ou uma determinada porção do cérebro reconhecidamente depositária de informações, embora se acredite que o lobo temporal esteja envolvido com a memória dos eventos do passado. Entretanto, são conhecidas várias estruturas cerebrais envolvidas com a aquisição e o processo de armazenamento de dados.

domingo, 6 de março de 2011

Entendendo as Inteligências Múltiplas

O que é Inteligência? Como os diversos tipos de Inteligência podem contribuir para o desenvolvimento das organizações? Nas Palestras e Treinamentos que ministro - particularmente naquelas sobre Liderança e Motivação - estas indagações surgem com bastante freqüência. Existe uma Parábola que considero muito útil para ilustrar e desenvolver algumas destas questões. A Parábola é a seguinte:
- Dois jovens estudantes estão caminhando por uma floresta. De repente, sem qualquer aviso, surge diante deles um faminto leão da montanha. Um deles, que é formado por uma ótima universidade e está cursando um MBA, rapidamente calcula que leão os alcançará em precisos 30 segundos. Ele se vira para o seu companheiro de viagem e diz: “Não adianta fugirmos: nunca conseguiremos correr mais rápido que o leão!”. O outro estudante - que sequer concluiu o segundo grau - diz, antes de sair em disparada: “Eu não tenho que correr mais rápido que o leão: eu só tenho que conseguir correr mais rápido que você!”.
Ambos os jovens retratados na Parábola foram Inteligentes: cada qual a sua maneira. O primeiro deles foi “Inteligente”, se entendermos Inteligência como sendo a capacidade de analisar, calcular e projetar. O segundo estudante, no entanto, foi também “Inteligente” - se entendermos Inteligência como aquilo que nos permite nos adaptarmos à Realidade a nossa volta. Quando eu pergunto em minhas Palestras e Treinamentos qual dos dois tipos de Inteligência as pessoas prefeririam ter, a maioria geralmente opta pelo segundo tipo, mas a verdade é que precisamos de ambas. Um dado que muitas vezes passa despercebido é que o segundo estudante só toma a decisão de sair correndo depois que o primeiro confirma que o leão da montanha é mais rápido que um ser humano. Se chamarmos a Inteligência do primeiro estudante de Inteligência “Teórica” e a segunda, de Inteligência “Prática”, podemos mais ou menos repetir as palavras de um ditado chinês que diz que se “Teoria sem Prática é inútil, Prática sem Teoria é perigosa.”. Ora, “Teoria sem Prática é inútil” por que não gera ação - o primeiro estudante ficaria parado esperando que o leão o devorasse - e “Prática sem Teoria é perigosa” - por que não tem nenhum controle: é puro impulso, que pode levar ou não ao resultado desejado, dependendo das circunstâncias.
Eu gosto muito de imaginar finais diferentes para esta Parábola - talvez eu seja um Romântico Incurável. Poderia acontecer, quem sabe, do segundo estudante se recusar a abandonar seu companheiro à sorte, talvez por acreditar ser esta atitude moralmente errada. Ele poderia, por exemplo, pensar consigo mesmo: “Se eu fugir agora me salvo, mas terei de viver o resto da vida com a certeza de que sou um covarde.”. Se isto de fato acontecesse, o segundo estudante estaria também sendo “Inteligente”, mas de uma forma que apenas agora o mundo empresarial está começando a descobrir. Refiro-me ao conceito de Inteligência Espiritual, que caminha lado a lado de temas como Ética nas Organizações, Responsabilidade Social das Empresas e, é claro, Liderança e Gestão de Pessoas.
Imaginemos, ainda, que o segundo rapaz realmente se decidisse a não abandonar o companheiro. Ele poderia, então, propor que ambos enfrentassem o leão - e o enfrentassem juntos, como uma equipe. Se o segundo rapaz conseguisse vencer o seu medo, ganhar autocontrole e motivar o seu companheiro a fazer frente à ameaça comum ele estaria, novamente, sendo “Inteligente”, mas de uma outra forma de Inteligência, que permite lidar com as suas próprias emoções e com as dos outros de maneira eficaz. Refiro-me, é claro, à chamada Inteligência Emocional.
Observemos que nenhum dos quatro tipos de Inteligência listados até agora seria, isoladamente, suficiente para se garantir um desfecho favorável a esta história. A analogia para o que geralmente acontece no ambiente das Empresas é aqui bastante evidente: a vitória contra o “leão” - que pode ser encarado como uma meta a ser conquistada, como a falta de motivação ou desânimo da equipe, como uma figuração da concorrência, etc. - só ocorre se todas as diferentes Inteligências realmente trabalharem de forma combinada e harmônica. Conseguir e manter este estado de Excelência organizacional é, talvez, o grande Desafio das Organizações do século XXI.

SERRA TALHADA - PE - II FÓRUM DE AÇÕES ARTICULADAS NA EDUCAÇÃO

SERRA TALHADA - PE - II FÓRUM DE AÇÕES ARTICULADAS NA EDUCAÇÃO
Foi realizado com muito sucesso no dia 04 de Novembro o II FÓRUM DE AÇÕES ARTICULADAS NA EDUCAÇÃO DE SERRA TALHADA - “POR UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS” – LOCAL: AUDITÓRIO DO COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO – ESCOLA NORMAL - REALIZAÇÃO: GOVERNO DE SERRA TALHADA - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – no qual se fez presente na abertura o Prefeito Dr. Carlos Evandro, o Vice-Prefeito Luciano Duque, Secretário de Agricultura Rafael Fernandes, o Secretário de Educação Israel Alves que conduziu junto com sua equipe da SME, todo evento e, os Palestrantes Professor José Nivaldo Monteiro dos Santos (Tema: A Influência Comportamental no Ser Humano e Suas Implicações na Educação), Professora Francisca Raquel Cavalcanti César de Souza (Tema: Interdisciplinaridade no Cotidiano Escolar), Filósofo José Ayrton Monteiro (Tema: Ensino Integral – A nova perspectiva de organização do espaço escolar), Professora Rosaline C. P. Paixão (Tema: Indicadores de Qualidade na Educação Infantil), Professora Herica Karina Cavalcanti de Lima (Tema: Alfabetização e Letramento da Pré – Escola ao 5º Ano do Ensino Fundamental), Professor Diógenes Maclyne (Tema: Avaliações Sistêmicas Educacionais), Professor Wagner Dias Vasconcelos (Tema: A Tecnologia da Informação a Serviço do Educador), Professora Luciana Vieira Demery (Tema: Educação de Jovens e Adultos – Sucessos e Insucessos) e o Professor Paulo Roberto Souza Ramos (Tema: Educação Inclusiva). No evento se fez presente mais de 600 (seiscentos) educadores, tendo iniciado as 09h e sendo concluído as 18h30min.


Professor Nivaldo Monteiro, Prefeito de Serra Talhada Dr. Carlos Evandro, Vice-Prefeito Luciano Duque.


Professores Nivaldo Monteiro e Israel Alves - Secretário de Educação de Serra Talhada

PROFESSOR NIVALDO MONTEIRO E MANOEL GOMES - SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE OROBÓ - PE

PROFESSOR NIVALDO MONTEIRO E MANOEL GOMES - SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO  DE OROBÓ - PE
No dia 05 de Novembro de 2011, estaremos iniciando cursos de Pós-Graduação pela FACULDADE ANCHIETA, nesta cidade com apoio do Sr. Secretário de Educação do Município, Manoel Gomes Barbosa, que estava presente no Encontro do PAR - MEC em Pesqueira - PE e, em breve estarei realizando uma PALESTRA para os PROFESSORES da rede Municipal desta cidade.

CAPACITAÇÃO - Do Lúdico ao Abstrato: Formação de Conceitos Matemáticos - CASINHAS - PE

CAPACITAÇÃO - Do Lúdico ao Abstrato: Formação de Conceitos Matemáticos - CASINHAS - PE
Capacitação para Educadores de Matemática do Ensino Fundamental I e II da Rede Municipal, no dia 24 de novembro de 2011, pelo PROFAE - Programa de Formação e Atualização Educacional.

PALESTRA - DROGAS: UM CAMINHO SEM VOLTA - CRAS - SERRA NEGRA - BEZERROS - PE

PALESTRA - DROGAS: UM CAMINHO SEM VOLTA - CRAS - SERRA NEGRA - BEZERROS - PE
Palestra realizada no dia 29 de novembro de 2011 no CRAS - Serra Negra - Bezerros - PE - com a presença de jovens da comunidade e equipe profissional, Gestora, Assistente Social, Psicóloga, Professores e demais Assistentes.

PALESTRA NO CEMAIC - BEZERROS - PE

PALESTRA NO CEMAIC - BEZERROS - PE
No dia 13 de dezembro de 2011 em - BEZERROS - PE, foram realizadas as PALESTRAS com os TEMAS: SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA e DROGAS NA ADOLESCÊNCIA: UM CAMINHO SEM VOLTA, no – CEMAIC, na qual fizeram-se presentes Professores e alunos do Ensino Fundamental II, num total de 120, aproximadamente.

PALESTRA NA ESCOLA MUNICIPAL NELSON CASTANHA - ENCRUZILHADA - BEZERROS - PE

PALESTRA NA ESCOLA MUNICIPAL NELSON CASTANHA - ENCRUZILHADA - BEZERROS - PE
No dia 14 de dezembro de 2011 em - BEZERROS - PE, foram realizadas as PALESTRAS com os TEMAS: SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA e DROGAS NA ADOLESCÊNCIA: UM CAMINHO SEM VOLTA, na ESCOLA MUNICIPAL NELSON CASTANHA, na qual fizeram-se presentes Professores e alunos do Ensino Fundamental II, num total de 60, aproximadamente.

Reverência ao Destino

Reverência ao Destino
"Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião... Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer. Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias... Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros. Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir... Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma... Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado... Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente conhece. Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã... Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e às vezes impetuosas, a cada dia que passa. Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar... Difícil é mentir para o nosso coração. ( ... ) ( Extraído do Livro Ágape - fls. 119/120 )

UM ARTISTA BEZERRENSE QUE É DESTAQUE NACIONAL

UM ARTISTA BEZERRENSE QUE É DESTAQUE NACIONAL
José Roberval de Lima - Artista Plástico (81)91795913 E-mail: jrobeval@hotmail.com

CANTORES BEZERRENSES

CANTORES BEZERRENSES
WALTER LINS - CANTOR / COMPOSITOR - CONTRATE: (081) 9660-2325

CHARLES ALEXANDRE - CANTOR / COMPOSITOR - CONTRATE: (81)9124.5303 - E-mail: charles_alexandre2010@yahoo.com.br

MARCOS MONTEZ - CONTRATE, ligue para: (81)9646.6067 - (81)8825.0643 ou marcosmontez@bol.com.br