Autor Dr. Drauzio Varella
http://www.drauziovarella.com.br
Ainda não se conhece definitivamente o mecanismo, ou os mecanismos, pelo qual o cérebro adquire, armazena e evoca as informações.
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Ainda não se conhece definitivamente o mecanismo, ou os mecanismos, pelo qual o cérebro adquire, armazena e evoca as informações.
Não obstante, alguns modelos são propostos para explicar essa função do cérebro humano.
O primeiro dos modelos propostos, tem como base a atividade elétrica cerebral. Assim, a informação seria guardada em circuitos elétricos, ditos reverberantes. Evidência desse mecanismo é obtida pela existência de conexões neuronais recorrentes, ou seja, ramificações da célula nervosa (neurônio) que voltam ao seu próprio corpo, reestimulando-a. É possível que esse mecanismo esteja presente na manutenção das informações nas memórias de trabalho e de curto prazo.
O segundo modelo baseia-se na produção de substâncias químicas que conteriam um código relacionado às informações. Esse modelo supõe que os neurônios possam sintetizar ARN (ácido ribonucléico) e que esta substância conteria um código da memória da mesma forma que o ADN (ácido desoxirribonucléico) contém a codificação genética. Embora se tenha verificado aumento da síntese de ARN em fases de aprendizado, atualmente acredita-se que essa síntese seja responsável mais pelo funcionamento celular que pela criação de um código químico, de forma a ter-se relegado a um segundo plano essa hipótese.
Outro modelo pressupõe a alteração das conexões entre os neurônios, sendo denominado modelo conexionista. Todos os neurônios emitem ramificações que se comunicam com outros neurônios, tendo umas, caráter estimulante e outras, caráter inibitório para a célula a que se destinam.
A transmissão do impulso nervoso é feita no ponto de encontro dessas ramificações com a célula alvo, ponto esse denominado sinapse. Haveria alteração da função sináptica criando novos circuitos neuronais e seriam esses circuitos que codificam as informações. Esse modelo tornou-se bastante plausível depois que se comprovou, experimentalmente, o aumento da resposta sináptica com a aplicação de estímulos repetitivos. Assim, acredita-se que o substrato da memória é o aumento da função sináptica (hipertrofia) ou a criação de novas sinapses. Esse modelo é bastante interessante, pois, além de esclarecer como são guardadas as informações, permite explicar, também, a atenuação das lembranças, fenômeno conhecido por todos e que seria devido à diminuição da função sináptica causada pelo desuso.
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