O cérebro humano está sujeito a estímulos externos através dos sentidos, a estímulos internos advindos do organismo e a estímulos de ordem emocional. Há quem acredite que o ser humano só consegue pensar porque há uma interação desses estímulos.
Com a atenção e o poder de concentração não é diferente. Assim, há fatores externos e internos que facilitam ou dificultam a atenção.
O interesse pessoal sobre determinado assunto faz com que certas pessoas possam quase que decorar informações com uma única e simples leitura. É de conhecimento geral que quanto maior o interesse mais facilmente se aprende.
A vivência de fatos com alta carga emocional, faz com que os mesmos permaneçam para sempre na memória. São os chamados fatos marcantes na vida de uma pessoa que, mesmo ocorrendo uma única vez, não são jamais esquecidos.
Por outro lado, as preocupações com os problemas diários, a ansiedade e, em muitos casos, a depressão, são fatores que turvam a atenção e, como conseqüência, impedem a retenção de informações novas, gerando a impressão de que a “memória está falhando”.
Esses fatores normalmente não afetam diretamente a memória mas sim a atenção e a concentração. No entanto, quando muito intensos podem provocar alterações temporárias da memória. É o caso dos conhecidos “brancos” que ocorrem em situações de ansiedade intensa.
Há, ainda, um outro fator ao qual se começa a dar atenção. Trata-se da relação e possível interferência entre as memórias explícitas e implícitas.
Toda atividade humana, inclusive as puramente intelectuais, tendem a ser automatizadas. Muitas de nossas atividades são repetidas diariamente e ao longo do tempo vão deixando de ser conscientes passando a ser executadas sem que dediquemos a elas a menor atenção. Com o passar da idade, a maioria das pessoas passa a só executar atividades e tarefas que já realizou um sem-número de vezes e isso, evidentemente, dificulta sua atenção e, conseqüentemente, a retenção na memória dos fatos ocorridos e das informações veiculadas nesse período. Esse fenômeno é mais comum do que se imagina, e tem como exemplo a leitura automática, em que o leitor ao cabo de uma página não consegue se lembrar de uma linha sequer.
A maioria das pessoas com problema de esquecimento, na realidade nada tem de errado com sua memória, mas sim com os mecanismos que levam a informação até a memória.
A maioria das pessoas com problema de esquecimento, na realidade nada tem de errado com sua memória, mas sim com os mecanismos que levam a informação até a memória.
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